sexta-feira, 19 de julho de 2013

Juventude, sexualidade e religiosidade

A juventude é considerada época de grandes descobertas e período de experimentação. É na fase da adolescência e juventude que acontecem as mudanças corporais, a puberdade, as descobertas sexuais e os limites do próprio corpo. Os jovens iniciam sua vida sexual em diferentes momentos da vida e por diversas razões diferentes, desde uma busca por afeto como pela busca de satisfação de necessidade física.


As religiões são grandes orientadores e influenciadores das escolhas da juventude em temas como a virgindade, uso de camisinha entre outros. Apesar do discurso das religiões, a escolha é única e pessoal do jovem, sendo ele influenciado ou não pela igreja a qual congrega.

Os sentidos e significados atribuídos à sexualidade, à iniciação sexual, ao sexo antes do casamento e à homossexualidade, à gravidez não planejada e ao aborto, às vezes tornam mais flexíveis a moralidade tradicional das igrejas e as regras que predominam o discurso religioso; em outros momentos, tendem a reforçar significações mais fundamentalistas e baseadas numa rígida moralidade.
Muitas vezes, líderes religiosos não respeitam a opção pessoal dos jovens de sua igreja (de outras igrejas/religiões ou de nenhuma) que difere da orientação oficial pregada pelos suas religiões. É comum vermos discursos que condenam e estigmatizam a juventude em relação à sexualidade.


Os jovens nem sempre aceitam todas as orientações religiosas, as que consideram antiquadas simplesmente são deixadas de lado. Abrem mão da lei de inspiração divina para dar lugar a outros padrões sociais contemporâneos, aos discursos que valorizam o uso do preservativo e de métodos contraceptivos, além de serem abertos a diversas orientações sexuais e ao sexo antes do casamento.


Walkes Vargas
Psicólogo, Coordenador da Pastoral da Juventude, Diretor do Sindicato dos Psicólogos do Mato Grosso do Sul.

Nenhum comentário:

Visitas