sábado, 13 de novembro de 2010

O JUBILEU – SOMOS OS 25 ANOS

 

Comemoração de sonhos e lutas
Luta por um ano que fosse da juventude,
1985, nascia o sonho, DNJ: Dia Nacional da Juventude

O sonho não mora em qualquer lugar
Ele tem o endereço certo
A Juventude quer um rumo, 1986, diretas já
Terra para quem precisa,
O jovem quer votar, a luta não para
Em busca da terra prometida.


Juventude não é semente do amanhã
É hoje, é agora, é presente
Não quer ser apenas semente, quer ser árvore, fruto em maturação
1987, juventude é presença! É participação.

As diferenças são riquezas a juventude sabe e conhece bem as tristezas
De não ter razão,
Juventude é Moisés, em questão de libertação nota 10
1988, sem discriminação: Indio, Negro, Mulher diferentes, mas uma só nação
E tudo isso cria o novo
Juventude nas lutas pela libertação do povo

A gente não quer só comida, e muito menos bebida
A juventude quer amor liberdade e arte,
Os jovens gritam pelo que são
1989, grita forte e grita alto cadê a educação?

Juventude não tem medo não
Nem sequer de perseguição
Não teme a morte, não se entrega à sorte
Não se abate pela tristeza, não se entrega pelo pior, não se assusta com ninguém e por isso se pergunta, 1990: de nosso suor a riqueza de quem?

Jovem não vive sozinho, é parceiro, é vizinho,
Coração aberto constrói caminho, não teme a dor e muito menos a contra mão
Grita aos quatros cantos do mundo
Sem preconceito, 1991, Latino americano por que não?

Quem disse que a vida não tem valor?
Saúde, paz, justiça e amor,
A causa não está perdida, juventude alerta, 1992, ouça o eco da vida

Sexo! Drogas e rock in roll?
E o respeito pelo outro? E a castidade?
Não mate um sonho que apenas nasceu,
plante ternura em sua plena idade, sem morte e sem aids, 1993 lança teu grito pela solidariedade.

Não temos apenas um rosto
Somos uma nação gigante, não temos medo do que nos espera, na luta pintamos a cara,
Incomodamos quem não nos atura,
Não somos ruim e nem rejeitamos quem nos encara lutamos por uma vida menos dura, em 1994, mostramos nossa cara e nossa cultura

Cansamos de ser pobres, negros e ignorantes,
Somos homens, mulheres, brasileiros, somos gente,
Jamais nos dobraremos à tirania, por isso,
1995, vamos buscar custe o que custar a nossa cidadania, como nenhuma estrada está perdida, seremos juventude construindo a vida

Tudo que fazemos não é somente um querer
Lutamos por algo a mais que simplesmente ter,
Desejamos continuar sendo povo
E tudo o que queremos em 1996 é ver o novo no poder

Chega de medidas injustas e falsos enganos
Quando não há respeito reclamamos,
Queremos justiça e direitos humanos,
A nossa luta tudo enobrece é com a nossa historia que a vida acontece, em 1999 sonhamos com um mundo novo, onde a vida floresce e a liberdade acontece

Gravidez não é doença, mas uma criança
Não há parto que não traga dor, mas da crença na vida de quem não se cansa nos expressamos na dança, 1998 acreditamos fielmente que nas asas da esperança é que gestamos a mudança.

Não somos adultos e muito menos crianças, somos o novo, somos a juventude, por isso que em 1999 não abrimos mão da vida em plenitude.

Sempre que me perguntam quem sou eu
Que faço para ganhar guarida, respondo que luto contra a morte e não vou desistir jamais desta luta enquanto houver um sopro de vida. Ano 2000, jubileu dos jubileus, jamais se esqueça que o seu sentido sou eu.

Não tente me travar, ninguém pode me calar não sou capacho nem capataz, sou jovem sou luta, 2001 meu nome é paz, não é apenas um sonho que carrego no peito, se grito por isso é porque tenho direito.

Não temo espinhos, nem vivo sem prece, entendo as quedas de quem não conhece que a luta da gente não é algo enfadonho, se não desistimos é porque sabemos que em 2002, a vida se tece em sonhos.

Sabemos o que queremos e para onde vamos, não vagamos sem rumo, se às vezes parece que nada acontece é apenas impressão, o que amamos bate em nosso coração, não queremos viver uma vida imunda, por isso que em 2003, nossas redes foram lançadas em águas mais profundas.

Engana-se quem acha que jovem é arigó,
Não sabe nada de gente nova, quem acha que somos mero pó, se não calamos é porque a gente quer valer nosso suor, quer do bom e do melhor, 2004 a gente foi nossa canção não quis rimar com dó.

Quem disse que somos nada? Ele disse: sim nós podemos, não adianta que não vamos nos amedrontar como em 2005 continuaremos na luta para nosso sonho realizar.

Sem essa de parar. Na luta não há pousada para descansar, somos o que somos porque em 2006, fomos e continuamos sendo uma juventude que ousa sonhar e não pararemos até construir definitivamente o Brasil popular.

Não conseguiram calar a gente. Querem eliminar o que há de mais consciente, somos sementes teimosas e por isso em 2007, nos tornamos o símbolo do meio ambiente.

Andamos ao som do coração, vibramos com o batuque do tambor, vamos às nuvens com o barulho do show ensurdecedor, somos partidários do crescimento e da educação, por isso 2008 nos encontrou mais que nunca envolvidos com os meios de comunicação.

Mataram mais um e mais dois ou três, chamam o jovem de freguês. Não vão calar a nossa mecha. Com chuva ou com o sol que a terra racha, em 2009 começamos e continuaremos a nossa marcha, não pela clemência, mas pela decência – jamais haveremos de parar porque somos a juventude em marcha contra o extermínio de jovens e conta a violência.

Ir. Silvio da Silva

Nenhum comentário:

Visitas