Em comemoração aos 63 anos de Bonito/MS
Bonito é nossa cidade querida e amada sim. Apesar de seus “senhores” que dela, só sugam e engordam seus bolsos e de seus apaniguados.
Bonito é nossa sim, de seu povo hospitaleiro, é a cidade onde vivemos, muitos nasceram, cresceram e vivem muito bem aqui.
Por isso amamos de paixão está terra querida, incrustada no pé da Serra da Bodoquena.
Impossível identificá-la com simples palavras.
É uma terra maravilhosa, encantadora, mesmo!!
Bonito é uma cidade caleidoscópica, é dinâmica, é estranha, é vibrante, é improvisadora, na maioria das vezes , contraditória, todas estas palavras e muitas outras, como solidariedade e esperança, a identificam.
Bonito tem o charme e cultura, tem sua própria identidade que é a soma de todos seus valores: de grandeza e cultara é "multitudo".
Ama-mos Bonito por seus contrastes entre o belo e o feio, o bom e o ruim, o antigo e o novo.
Amamo-mos Bonito do contraste: Entre a ignorância e maldade dos que ainda caçam e matam animais e rios, florestas e peixes, e dos que lutam pra preservá-la.
De um lado, seus rios, suas matas, suas belezas naturais. Do outro, sua gente, numa mistura única de raça e povos, índios, brancos, paraguaios, gaúchos, nordestinos, paulistas, bolivianos, que driblam a inoperância de seus governantes e fazem a cidade funcionar, representando, a luta pela sobrevivência de seu povo excluído, num apartheit social.
Ama-mos Bonito de seus extremos.
Enquanto alguns se instalam para explorar e fazer dela uma cidade veraneio, a vida pulsa e move em seus bairros e vilas, como a força de um poema ou o pulsar de um coração apixonado.
Ama-mos seu visual , com suas casas ainda de madeira, construções de todos os tipos, a cidade e suas cores, seu tamanho; o vermelho, do maravilhoso, sol poente ou nascente, seu verde e amarelo das suas matas e serrado, dos ipês, carandás, carobas , tarumãs, louros brancos, guavirais, etc; suas mil faces, brancas, amarelas, negras, mais ou menos "queimadas"; seu movimento colorido e roupas mais ainda .
Amo-mos Bonito e sua mistura de sons: o chamamé, a polka, a guarania,sua musica regional, seus cantores e poetas, seus nunca anônimos transeuntes, (na cidade quase todos se conhecem), suas mensagens nas praças, nas rádios, no alto falante da Marambaia, pregadores das mais diversas religiões e crenças, vozerio confuso, seus taxistas, moto taxistas e trabalhadores, o turismo e suas agências, o comércio e sua lojas, sua comida, o carreteiro da dona Rosita, a galinhada da Juanita, o peixe do balneário municipal, o rio formoso, o rio da prata, o rio sucuri, a ponte do hormínio, o corrégo taquaral, o córrego seco, o anhumas, a faúna, a flora, os animais que convivem na cidade e com o campo...
Os verdadeiros “bonitenses”, que nasceram e os que amam verdadeiramente está cidade....
Que dão vida à Bonito.
Amo-mos os cheiros de Bonito: cheiros da lua cheia, do sol e da lua (única no mundo, com seu esplendor diferenciado), das mulheres, crianças e homens de bem, de comidas em cada canto, dos pastéis da feira dos pequenos produtores ( nunca valorizados pelo poder público), de perfumes baratos dos camelos, de seus desodorantes, cheiro de gente; cheiro das frutas do serrado, dos guavirais, do tamarindo, do araça, misturando aos sabores e cheiros de cajus, maracujás, goiabinhas, bocaiúva ( nosso chiclê de bugre, etc) e resultando um cheiro único e especial;
Da nossa gente hospitaleira e querida de Bonito, que encanta turistas e estrangeiros de todo lugar do mundo.
Ama-mos os sotaques de Bonito, que tem uma língua própria, amálgama gerado no caldeirão de raças que aqui chegaram: seus peões, os pantaneiros, o portunhol, o português macarrônico, sua mulheres e crianças, o italiano, o paraguaio, os nordestinos representados por seu Jocemiro, lá da feira e sua farinha especial...
Ama-mos a sofisticação da cidade, que tem uma Avenida de nome, Pilad de Rebuá ( chique no último), onde se concentra dinheiro e modernidade, e que os turistas adoram e é um dos cartões de visitas da nossa cidade.
Ama-mos Bonito e a auto-estima de seu povo, a Bonito multicultural e multirracial e sua aceitação incondicional e sem preconceito dos que chegam pra aqui, construir juntos sua história e suas familias.
Ama-mos tudo de Bonito.
E por amor por à Bonito, aceitamos tudo que existe nela: Suas qualidades e seus defeitos, suas vantagens e desvantagens.
Por isso neste data tão especial, em que nossa cidade completa 63 anos, escrevemos para ela como se ainda fossê aquele “rincão Bonito” de outróra.
Bonito é o nosso grande amor e paixão, nossa eterna e única namorada e quando tentamos passar, nossas emoções, como a que sentimos agora, desejamos compartilhar com outros bonitenses e toda(o)s aquelas pessoas que lhe dedicam, igual ou idêntico amor.
Parabéns, Bonito e Boniteneses!!
• Bosco Martins
É jornalista multimídia, blogueiro e Bonitense, por adoção e paixão.
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