sexta-feira, 26 de junho de 2009

Mais Violência!

Queima de arquivo

Bandido mata rapaz que recusou assumir autoria do assassinato de padre gisley
O adolescente Deivid Luiz Gomes, 17 anos, foi assassinado com cinco tiros de pistola calibre 380, disparados à queima-roupa. O crime ocorreu às 19h de sábado, no Conjunto M da Quadra 45, no local chamado Assentamento, em Brazlândia. O suspeito está identificado, mas a polícia mantém o nome em sigilo para não prejudicar as investigações. A polícia trabalha com hipótese de vingança. Deivid foi detido por ter sido encontrado com um cheque de R$ 1 mil pertencente ao padre Gisley Azevedo Gomes, 31 anos, assessor Nacional da Pastoral da Juventude da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), encontrado morto, terça-feira passada, em matagal às margens da DF 445, no Incra 6, em Brazlândia.

Segundo as investigações, o adolescente não tem participação no assassinato do padre, morto por Wellington Lacerda de Araújo, 24 anos, conhecido como Lela, e pelo garoto de programa Wanderson Vaz Cardoso, 23 anos, Dani. O cheque que estava com Deivid tinha sido deixado por Lela, vizinho do adolescente. No dia em que foi preso pela morte do religioso, Lela pediu ao menor para assumir o crime.

O garoto não concordou. Ele revelou aos agentes da Seção de Investigações de Crimes Violentos da 18ª DP (Brazlândia) ter sido pressionado e denunciou os assassinos. Segundo a polícia, inconformado pelo fato de o adolescente não ter confessado, Lela - que está preso - acusado de participação no crime, mandou matar Deivid. O garoto estava em casa com a família e a namorada quando recebeu um telefonema. O interlocutor se identificou como Maik - também detido como suspeito da morte do padre Gisley, mas foi liberado por falta de prova - e pediu que o rapaz encontrasse com ele no Conjunto M da Quadra 45. A vítima teria dito: "Vou me encontrar com Maik e volto já".

Quando chegou no local Maik não estava. O verdadeiro rapaz que telefonou sacou a pistola, efetuou o disparos, matou o adolescente e fugiu. Testemunhas o reconheceram e revelaram sua identidade à polícia. Mas até o fechamento desta edição o suspeito permanecia foragido. "Ele morreu por não ter assumido a morte do padre no lugar do verdadeiro assassino", disse um policial que pediu para não ter o nome divulgado. Além da identidade do autor a polícia descobriu que a pistola usada na morte de Deivid é alu gada para delinquentes praticarem assaltos e assassinatos. A vítima foi sepultada ontem à tarde no cemitério da cidade. Assustados os parentes não voltaram para a casa onde moravam na Quadra 46. Segundo um policial, os irmãos tentaram levar Deivid para a chácara, no dia seguinte à morte do padre, mas o adolescente recusou. Ele disse que poderiam ficar tranquilos pois não tinha envolvimento no crime. Mesmo assim foi morto como queima de arquivo.

Jornal de Brasília - 22JUN09 - Cidades

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